Como lidar com as mudanças de nosso tempos

Como lidar com as mudanças de nosso tempos

Rafael Gonzaga – Coach – 98779 7080

Os modelos que foram os grandes orientadores da vida de nossos pais não são mais capazes de nos organizar. A família perdeu a autoridade, Deus se restringiu aos domingos, o capital está sendo questionado quanto a sua sustentabilidade, o casamento não é mais para sempre e a ciência pode caminhar rumo ao progresso ou à bomba atômica.

Viver no século XXI é bem mais angustiante do que no século passado, pois quase tudo é reversível: na metade do século passado, as mulheres não escolhiam livremente ter ou não ter filhos, casar ou não casar, continuar ou não casadas. Homens e mulheres não escolhiam com naturalidade ter ou não uma religião.

Para que aceitar-me se é possível mudar tudo? Para que me contentar com o rosto que tenho se posso ter o que quiser? Com algum dinheiro, é possível até mesmo camuflar o processo de envelhecimento. A velhinha das histórias do lobo mau, aquela de cabelos branquinhos, de óculos “fundo de garrafa”, meio corcunda e toda enrugada quase não existe mais.

Na década de 1980, com meia dúzia de LPs se fazia uma festa. Havia um prazer enorme em se comprar um disco novo com 12 músicas. Hoje, os DJs trabalham com HDs com 100 mil músicas e as pessoas nas festas de hoje não estão mais animadas ou mais felizes do que no tempo dos LPs. Em meio a tantas possibilidades, ficou bem mais difícil nos contentar com nossas escolhas e decidir o que realmente queremos. Ter um milhão de escolhas é o mesmo que não ter nenhuma, pois o excesso de opções também é desorientador. A profusão de possibilidades pode diminuir nossa satisfação.

Nos EUA, foi feita uma pesquisa na qual os participantes ganharam férias com todas as despesas pagas para Paris ou Havaí, sem conhecer essas localidades. Metade deles teve o destino predefinido. A outra metade pôde escolher para onde iriam. Os que escolheram Paris imaginaram que talvez o Havaí tivesse sido melhor; os que escolheram o Havaí ficaram pensando que poderiam ter ido para Paris. Se a decisão for irreversível, isso o fará se sentir melhor sobre ela, mas se for reversível, as pessoas podem se frustrar.

A resposta que tenho para lidar com o processo decisório o tempo todo chama-se foco. Quando falo de se ter foco, estou me referindo a ter clareza do que se quer, do que se está buscando. Provavelmente, todos dizem que estão em busca de dinheiro, mas dinheiro é um valor meio, não é um valor fim. Não é um fim em si. Por traz do dinheiro, existem outras necessidades. Dinheiro e família são valores meios. Ao se responder o que os valores meio como dinheiro ou família nos proporcionam, obtém-se os valores fins. Dinheiro e família são apenas meios para alcançar um conjunto de emoções que se deseja experimentar.

Na minha experiência como coach percebo que as pessoas tanto se empenham na busca dos “valores meios” que não alcançam seu verdadeiro desejo: os “valores fins”. Para que o processo de coaching faça sentido, é preciso descobrir quais são nossos valores e o que nos gera potência (o que potencializa nossos objetivos). Eu vivo de ajudar meus clientes a fazerem essas descobertas.

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